sábado, 31 de janeiro de 2009

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

o desejo é construtivismo

barcelona 08



"se fores apanhado nos sonhos dos outros, estás feito."

Gilles Deleuze


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

der himmel über berlin (1985)



realização:
wim wenders
argumento:
peter handke
richard reitinger
wim wenders
fotografia:
henri halekan
montagem:
peter przygodda
música:
jurgen knieper
com:
bruno ganz
solveig dommartin
otto sander
curt bois
peter falk
e
nick cave

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

"she tied you to her kitchen chair. she broke your throne and she cut your hair."


and then he said:
well baby I've been here before...
i've seen this room and i've walked this floor.
i used to live alone before I knew ya...


domingo, 18 de janeiro de 2009

tecnicalidades: sobre os sons

bem...
para os menos avisados, aí ao lado,
nas etiquetas ,
há um sítio que diz "quero ver só".
no "quero ver só"
há um sítio que diz "os sons".
n' "os sons", normalmente por baixo de fotos, ou textos,
links.
esses links dão acesso a músicas.

músicas colocadas por mim, de autores que gosto, que descubro, que não me largam, que acho que têm a ver com um determinado momento, mas, sobretudo, que quero partilhar.


aproveitem já esta oportunidade fantástica para fazer uma colectânea de interesse duvidoso (e com o gosto absolutamente pessoal de um completo estranho) para oferecer aos vossos amigos.

inteiramente grátis!

aposto que estão a pensar:
"que pena o natal já ter passado..."

pois é, pois é... mas mais natais virão.
("mas mais natais" soa estranho...)


atentamente,
a gerência





este
post irá desaparecer dentro de 7 dias

sábado, 17 de janeiro de 2009

é do dylan thomas. é do bob dylan.





meu deus, que feliz que eu sou por não ser eu.






quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

vamos mas é ter calma...

sim, ok, eu estou a perceber. tu disseste-lhe. porque tinhas de o dizer, claro...
mas e ela? disse o quê?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

ela disse: tu és como uma quarta-feira.




e logo a seguir:
quando estou contigo, não sinto a falta de nada.

(ela tinha passado pelo suficiente para poder dizer estas coisas assim, com esta propriedade de quem sabe)








e ele disse:
"eu quero brincar às escondidas contigo e dar-te as minhas roupas e dizer que gosto dos teus sapatos e sentar-me nos degraus enquanto tu tomas banho e massajar o teu pescoço e beijar-te os pés e segurar na tua mão e ir comer uma refeição e não me importar se tu comes a minha comida e encontrar-me contigo e falar sobre o dia e passar à máquina as tuas cartas e carregar as tuas caixas e rir da tua paranóia e dar-te cassetes que tu não ouves e ver filmes óptimos, ver filmes horríveis e queixar-me da rádio e tirar-te fotografias a dormir e levantar-me para te ir buscar café e brioches e folhados e ir ao florent beber café à meia-noite e tu a roubares-me os cigarros e a nunca conseguir achar sequer um fósforo e falar-te sobre o programa de televisão que vi na noite anterior e levar-te ao oftalmologista e não rir das tuas piadas e querer-te de manhã mas deixar-te dormir um bocado e beijar-te as costas e tocar na tua pele e dizer quanto gosto do teu cabelo dos teus olhos dos teus lábios do teu pescoço dos teus peitos do teu rabo do teu

e sentar-me nos degraus a fumar até o teu vizinho chegar a casa e se sentar nos degraus a fumar até chegares a casa e preocupar-me quando estás atrasada e ficar surpreendido quando chegas cedo e dar-te girassóis e ir à tua festa e dançar até ficar todo negro e pedir desculpa quando estou errado e ficar feliz quando me desculpas e olhar para as tuas fotografias e desejar ter-te conhecido desde sempre e ouvir a tua voz no meu ouvido e sentir a tua pele na minha pele e ficar assustado quando estás zangada e um dos teus olhos vermelho e o outro azul e o teu cabelo para a esquerda e o teu rosto para oriente e dizer-te que és lindíssima e abraçar-te quando estás ansiosa e amparar-te quando estás magoada e querer-te quando te cheiro e ofender-te quando te toco e choramingar quando estou ao pé de ti e choramingar quando não estou e babar-me para o teu peito e cobrir-te à noite e ficar frio quando me tiras o cobertor e quente quando não o fazes e derreter-me quando sorris e desintegrar-me quando te ris e não compreender por que é que pensas que eu te estou a deixar quando eu não te estou a deixar e pensar como é que tu podes achar que eu alguma vez te podia deixar e pensar em quem tu és mas aceitar-te na mesma e contar-te sobre o rapaz da floresta encantada de árvores anjo que voou por cima do oceano porque te amava e escrever-te poemas e pensar por que é que tu não acreditas em mim e ter um sentimento tão profundo que para ele não existem palavras e querer comprar-te um gatinho do qual teria ciúmes porque teria mais atenção que eu e atrasar-te na cama quando tens de ir e chorar quando finalmente vais e ver-me livre das baratas e comprar-te prendas que tu não queres e levá-las de volta outra vez e pedir-te em casamento porque embora tu penses que eu não estou a falar a sério eu estou mesmo a falar a sério desde a primeira vez que te pedi e vaguear pela cidade pensando que ela está vazia sem ti e querer aquilo que queres e achar que me estou a perder mas saber que estou seguro contigo e contar-te o pior que há em mim e tentar dar-te o meu melhor porque não mereces menos e responder às tuas perguntas quando deveria não o fazer e dizer-te a verdade quando na verdade não o quero e tentar ser honesto porque sei que preferes assim e esquecer-me de quem sou e tentar chegar mais perto de ti porque é maravilhoso aprender a conhecer-te e vale bem o esforço e falar mau alemão contigo e pior ainda em hebreu e fazer amor contigo às três da manhã e
de alguma maneira
de alguma maneira
de alguma maneira transmitir algum do
esmagador,
irresistível,
abrangente,
preenchedor,
desafiante
e contínuo amor que tenho
por ti."


in
"falta"
de sarah kane

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

repulsion (1965)


realização:
roman polanski
argumento:
roman polanski
gérard brach
david stone
fotografia:
gilbert taylor
montagem:
alastair mcintyre
música:
chico hamilton
gábor szabó
com:
catherine deneuve
ian hendry
john fraser
yvonne furneaux
patrick wymark
renee houston
valerie taylor
james villiers
helen fraser

a olhar para trás

ela disse:
Não é um vício, é uma vingança.
Às vezes acordo a meio da noite e não sei se estou sozinha. A cama não é muito grande. Acordo à procura do corpo que faz falta e só encontro o meu (esse está a mais...). Tenho imagens. Pedaços de qualquer coisa. Duas mãos (tenho saudades das mãos dele) agarram-me as coxas e sinto um hálito quente entre as pernas. Um barulho.
Há muito tempo que é assim.
Começo a pensar nele, e acabo sempre a pensar em mim.

a olhar para a frente

e ele disse:
quando a casa começou a arder, a única coisa que valia a pena salvar era o fogo.


mas ela não ouviu.

as coisas que o meu frigorífico diz #13

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

das trutas e dos trutos


y ella dijo:
te quiero mucho. como la trucha quiere el trucho.

e ele primeiro não entendeu. depois riu-se. e depois disse:
eu também.



segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

ó minha senhora...

há uns dias, num país que não o meu (o que é que isso quer dizer ao certo?), uma senhora (devia ter perto de 80 anos a senhora) com um sorriso imenso parou-me no meio da rua (apesar da noite, do frio e do caos feito de gente) e disse-me:

"deus te abençoe."

eu não tive tempo para lhe responder, minha senhora (até porque precisei de tradução para o que disse) e não sou propriamente um homem de fé (que mentira...) mas obrigado e igualmente, minha senhora.
obrigado.
e igualmente.

as coisas que o meu frigorífico diz #11

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009