ela disse:
Não é um vício, é uma vingança.
Às vezes acordo a meio da noite e não sei se estou sozinha. A cama não é muito grande. Acordo à procura do corpo que faz falta e só encontro o meu (esse está a mais...). Tenho imagens. Pedaços de qualquer coisa. Duas mãos (tenho saudades das mãos dele) agarram-me as coxas e sinto um hálito quente entre as pernas. Um barulho.
Há muito tempo que é assim.
Começo a pensar nele, e acabo sempre a pensar em mim.
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